PAS UnB: No que devo focar mais?

Olá, sou Tiago Henrique, faço Direito na UnB, e junto com uma equipe de alunos e ex-alunos da UnB fundei o Tudo sobre o PAS UnB, uma startup que fornece material didático e ferramentas de estudos para quem quer entrar na UnB por meio do PAS.

Tenho percebido que muitos estudantes ainda têm dificuldades sobre como se preparar para o PAS, mesmo aqueles que já fizeram as duas primeiras etapas. Por esse motivo, baseado na minha experiência e na experiência de, literalmente, milhares de alunos que já passaram por mim, vou iniciar uma série de posts que darão dicas para uma melhor preparação.

Nesse post específico, vou falar sobre algumas características da prova do PAS que farão você tomar a melhor decisão sobre em quais disciplinas ou matérias se dedicar mais, afinal saber onde focar mais é uma das grandes dificuldades, não é mesmo? Por outro lado, essa decisão deve ser tomada com base em alguns fatores da prova e dos seus interesses pessoais. Vamos lá?

A característica que vou comentar aqui é como a prova é dividida e como essa divisão pode nos ajudar a decidir em qual parte da prova focar no momento da preparação, ou seja, quais disciplinas dar mais atenção. Afinal, é preciso escolher um ponto de partida, e por que não começar de onde se pode tirar mais proveito em termos de aptidões pessoais (qual disciplina você gosta mais) e previsibilidade de cobrança?

Primeiro, é importante sabermos a quantidade de itens que tem na prova do PAS para tirarmos algumas conclusões. A prova da primeira etapa tem 100 itens, da segunda tem 110 e da terceira 120. A distribuição desses itens tem um padrão e é baseado nesse padrão que podemos dividir a prova em 5 grandes partes:

Primeira parte: idiomas. Essa parte é a que eu acho mais fácil da prova, pois o estudante escolhe entre 3 idiomas, ou seja, o idioma que mais gosta, e, para responder os itens, ele não precisa saber escrever, ouvir ou falar, somente ler e interpretar as informações. Além disso, os itens têm um nível de cobrança absurdamente baixo (vocabulário, gramática e interpretação de texto e imagem). E são sempre os 10 primeiros, ou seja, aproximadamente 10% da prova pode ser facilmente gabaritada.

Segunda parte: obras. Essa parte não está em sequência dos idiomas, mas está distribuída em toda a prova. Ao todo, representa entre 30 a 40% da prova. E é, ao meu ver, a segunda parte mais fácil da prova. Os tipos de cobranças dos itens variam, mas normalmente são itens que tratam somente do conteúdo da obra e outros que são interdisciplinares e tratam dos seus respectivos contextos, ou seja, história, geografia, filosofia e sociologia e, às vezes, de algo relacionado a exatas. Se eu puder dar uma dica de qual obra cai mais, são sempre as obras de Artes Cênicas as mais cobradas em termos relativos.

Terceira parte: humanas. A parte de humanas é sempre relacionada de alguma forma às obras do PAS. Entretanto, elas tratam de conteúdos que não exigem obrigatoriamente o conhecimento das obras. As disciplinas cobradas aqui são História, Geografia, Sociologia e Filosofia. O seu percentual em relação ao restante da prova gira em torno de 20 a 30%, sempre mais ou menos isso.

Quarta parte: exatas. A parte de exatas, a mais temida de todas, é também a que mais pesa na prova. Reúne as disciplinas de biologia, física, matemática e química. A quantidade de itens dedicados a essas disciplinas gira em torno de 35 a 40% de toda a prova.

Quinta parte: redação. A parte de redação é, junto com idiomas e obras, uma das mais previsíveis de se alcançar notas altas, pois têm tipos e gêneros textuais absolutamente definidos, o que sempre varia é o tema, mas não é necessário adivinhar o tema de nenhuma redação para se tirar notas altas. A redação não entra no cálculo do Escore Bruto, ou seja, da prova, mas ela representa 10% da nota total do Argumento Final da etapa.

Após conhecer como é feita a divisão da prova, fica claro que é possível escolher em quais disciplinas focar mais e ter uma previsibilidade de quantos pontos são possíveis de serem alcançados com essa escolha. De outro lado, é possível escolher quais disciplinas não serão o foco e saber quantos pontos podem ser perdidos com essa escolha.

Por isso é importante destacar que essas escolhas devem ser feitas conscientemente e de acordo com os objetivos pessoais. Se, de acordo com as estatísticas recentes, o curso que você deseja exige notas muito altas, não há como se dar ao luxo de somente focar no que você gosta, você vai precisar encarar suas dificuldades. Mas se o curso tem médias baixas, não há porque ficar se arriscando em disciplinas que te fazem perder os acertos obtidos nos itens das disciplinas que você gosta.

Em resumo, o que quero dizer é o seguinte: A prova do PAS não é somente uma prova de quem acerta mais, é também uma prova de quem erra menos, então você precisa se garantir nas áreas que você tem mais habilidades e (tentar) gabaritar tudo por lá. E, antes de se aventurar a estudar e tentar acertar itens de matérias que você não tem a menor habilidade, é preciso pensar se vale mesmo a pena colocar em risco os seus acertos em função dos seus erros (afinal, uma errada anula uma certa).

Você precisa se perguntar, tanto na hora de fazer a prova quanto na hora da preparação, se o curso que você deseja exige uma nota muito alta. Se a resposta for sim, você precisa encarar de igual forma todas as partes da prova, se a resposta for não, provavelmente saber só o básico de algumas delas já é o suficiente.

Portanto, baseado nas 5 partes da prova, você pode decidir por onde começar e por onde terminar e assim saber exatamente quais pontos você quer conquistar na prova. Seguindo este método, você vai alinhas as suas expectativas aos seus esforços e não vai se decepcionar na hora da prova e, consequentemente, na hora dos resultados.

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