Seriados que podem servir como alusões para temas acerca de condições de trabalho
Dia 01 de maio é o Dia Internacional do Trabalhador. Em consonância com essa data, feriado em todo Brasil, indicaremos três séries, que se passam em ambientes de trabalho, e você pode assistir em várias plataformas de streaming, para serem usadas como alusões em redações que tratem dos mais diversos assuntos relacionados à diferentes profissões, condições salariais, relações entre patrão e subordinados, e muito mais.
The Office (Vida de Escritório)
Na imagem: Elenco da série The Office. Foto: Divulgação.
Um dos seriados de comédia mais populares, nacional e internacionalmente, The Office (Vida de Escritório) é um remake de uma sitcom inglesa de mesmo nome, em formato de pseudodocumentário: um gênero televisivo ou cinematográfico que simula o modelo documentário, em que as cenas e as narrativas parecem reais, embora sejam, na verdade, ficcionais. Em The Office, acompanhamos, através de gravações feitas por uma suposta equipe de filmagem, a vida dos funcionários de uma pequena filial da corporação Dunder Mifflin, uma empresa de vendas de papel. O trabalho seria completamente pacato, no entanto, se os contratados desse escritório não fossem tão curiosos, a começar pelo inconveniente e hilário gerente, Michael Scott (Steve Carell), que sempre incomoda seus subordinados.
Vários episódios de The Office podem servir como ótimas alusões para muitos temas de redação. Alguns exemplos são: a descoberta da sexualidade do contador Oscar Martinez, no primeiro episódio da terceira temporada (LGBTfobia no ambiente de trabalho); a tentativa de formação sindical no décimo quinto episódio da segunda temporada (desencorajamento à criação de sindicatos); e o seminário do dia da diversidade, segundo episódio da primeira temporada (respeito às diferenças). The Office tem nove temporadas e é possível assisti-las no Prime Video, na HBO Max e no Star+.
Superstore (Super Loja)
Na imagem: Elenco da série Superstore. Foto: Divulgação.
Em Superstore, ou Super Loja, um grupo de funcionários precisa lidar com o monótono, embora problemático, serviço em uma grande loja de departamento, chamada Cloud 9. Pessoas muito diferentes trabalham nesse enorme lugar que se torna pequeno para tantos conflitos – um deles entre a supervisora Amy Sosa (America Ferrera) e o vendedor Jonah Simms (Ben Feldman), dois personagens que, a princípio, não se suportam, mas, com o tempo, se aproximam. Um fator interessantíssimo sobre a sitcom é a franqueza quanto às questões sociais e de classe envolvidas no exercício de um subemprego: dentre os empregados da Cloud 9, estão, em maioria, pessoas não-brancas, estrangeiras, refugiadas, com deficiências e mães adolescentes ou solo.
Outro ponto muito abordado na série são as péssimas condições de trabalho oferecidas pela corporação. Na primeira temporada, por exemplo, quando a companhia não concede sequer uma semana de licença maternidade para a mãe adolescente Cheyenne Thompson (Nichole Sakura), e demite o gerente Glenn Sturgis (Mark McKinney) por tentar estender o tempo dela em casa, os funcionários fazem uma greve, que soluciona poucos problemas, mas expõe as expectativas desumanas da empresa sobre seus contratados.
Você pode assistir as seis temporadas de Superstore na Netflix e no Prime Video.
Grey’s Anatomy (A anatomia de Grey)
Na imagem: Elenco da série Grey’s Anatomy. Foto: Divulgação.
Grey’s Anatomy (A anatomia de Grey) é um fenômeno entre as séries médicas. O programa, que teve início em 2005 e ainda está em execução, retrata a rotina de internos e supervisores em um hospital privado em Seattle, o Grey Sloan Memorial Hospital. Dentre esses médicos está Meredith Grey, Chefe do Departamento de Cirurgia Geral, que, filha de uma cirurgiã internacionalmente renomada, teve uma juventude dominada pela influência autoritária da mãe.
A série, criada por Shonda Rhimes, discute, com frequência, a situação de mulheres em profissões predominantemente exercidas por homens, ou que ocupam altos cargos em seus empregos. Em uma cena, que viralizou na internet, a médica Cristina Yang reclama do fato de ser sempre elogiada por sua beleza e não por sua inteligência. Em outra, a interna Miranda Bailey fala sobre a desigualdade salarial entre homens e mulheres na mesma atividade empregatícia. Uma característica interessante da série, que pode ser relacionada ao Sistema Unificado de Saúde (SUS), é a falta de um programa de saúde pública nos Estados Unidos, que possa democratizar o atendimento clínico para pessoas de baixa renda.
Para assistir Grey’s Anatomy, você precisa ter assinatura em alguma destas plataformas de streaming: Prime Video, Globo Play e Star+.
Divirta-se com as indicações acima, mas não deixe de assistir com papel e caneta de lado, para não esquecer o que citar na redação!