Olá, futuros coleguinhas de UnB, tudo bem com vocês? Estou aqui para continuar a série de posts sobre nossa tão amada UnB. E se não quiser perder nenhum outro post só continuar acompanhando o blog.
Hoje, vou apresentar para vocês algo que pediram bastante no nosso instagram, o Memorial Darcy Ribeiro ou como é conhecido, Beijódromo. Pelo nome acaba despertando muitas curiosidades, afinal, é ou não um lugar para beijar? (muitos risos)
João Filgueiras Lima (responsável pela obra), conhecido como “Lelé”,
nasceu em 10 de janeiro de 1932 no Rio de Janeiro. Estudou na Universidade do Brasil (atual UFRJ), na mesma cidade e se formou como arquiteto aos 23 anos.
Mudou-se para Brasília em 1957 por influência do arquiteto Oscar Niemeyer, ano da implantação do Plano Piloto. Participou de muitos projetos e construções juntamente com Niemeyer na construção da Capital. Trabalhou na Universidade de Brasília (UnB) de 1962 a 1965 e pediu demissão junto com muitos outros professores em forma de protesto contra a opressão dentro da universidade.
Mas agora chega de saber só sobre o autor, vamos conhecer o famoso Beijódromo. Darcy Ribeiro queria dentro da universidade um espaço ao ar livre que fosse a cara de Brasília, um lugar agradável em que “as pessoas poderiam estar em volta se beijando, namorando”. o que aconteceu foi que o projeto da obra permaneceu apenas no papel por muitos anos após o falecimento de Darcy.
O projeto foi deixado de lado, mas voltou a ser reconsiderado em 2008, ano em que a Fundação Darcy Ribeiro volta a contatar Lelé. O projeto foi adiado devido a questões financeiras, podendo ter início somente em 2009, e ficando pronto em 2010 (demorou, mas saiu).
O Beijódromo da Unb, assim como muitas outras construções de Lelé, foi construído em concreto, possuindo detalhes de metal e vidro. É um anfiteatro bem diferente do que os já existentes na Universidade de Brasília; a construção possui um espelho d’água ao seu redor, construído num ambiente arborizado e contém um teto com formato de maloca indígena, incentivado pelo próprio Darcy Ribeiro.
Para esse projeto, Lelé estudou a forma intuitiva e primitiva que os índios Xinguanos usavam para construir suas cabanas. À primeira vista, o formato do teto pode lembrar também o formato de um disco voador, que remete a uma ideia de modernidade.
O projeto foi finalizado, finalmente, em 2010. Assim, Lelé pôde concluir o projeto que o amigo Darcy Ribeiro tanto sonhava desde a década de 60, além de presentear a Universidade de Brasília com uma obra de arte cheia de história, mesmo sendo recentemente construída.
E a pergunta que não quer calar é “o que tem dentro do Beijódromo?” Diferente do que se pensa o local não é só para beijar, apesar do nome, o prédio, na verdade, conta com biblioteca, restaurante e um auditório/anfiteatro com capacidade de 200 pessoas.
Além de ser uma parte da UnB super bonita, ter um jardim interno super bem cuidado, assim como todos os outros do campus, também faz parte da matriz de referência do PAS3, logo o Beijódromo torna-se não só um local incrível para se conhecer, por sua beleza, mas também porque ele pode ser peça fundamental na sua aprovação.
Gostou das informações? Quer mais? É só continuar acompanhando o blog, fiquem de olho que nos próximos dias estaremos atualizando essa séria de descobertas sobre essa Universidade maravilhosa.
Até o próximo post, Tchaau!